quarta-feira, 23 de março de 2011




Foi uma Rainha no seu tempo na terra.
Diz a história ter sido ela uma linda cortesã que amarrou o coração de um Rei Francês que a tornou Rainha. Passou-se alguns anos e o Rei veio a falecer.
A rainha passou a tomar conta sozinha do seu reino o que deixou alguns membros da corte indignados porque ela não teve filhos para deixar o trono como
herança e tampouco parentes sangue azul para substituí-la após a sua morte.
Devido a tenacidade da rainha o seu trono começou a ser cobiçado por outros reinos o que trouxe muita preocupação para a política da corte, então o
conselheiro real convenceu a Rainha a casar-se novamente com um homem cujo o reino fosse ainda maior que o seu para juntos vencerem as batalhas e
trazer ao reinado a paz e a tranqüilidade que já não tinham mais.
Um dia surgiu no castelo um homem que se dizia seduzido pela beleza da rainha e dono de um reinado incalculável no oriente e a pediu em casamento,
a rainha preocupada com destino da sua corte e pela proteção de seu trono, aceitou a oferta de
imediato e logo em seguida casaram-se.
Não demorou muito a querida rainha foi envenenada pelo seu atual marido que logo após se titulou o Rei e começou a governar a corte da pior maneira possível.
A saudosa rainha após o seu desencarne chegou ao mundo astral muito perdida e logo começou a habitar o limbo devido a faltas graves que na terra
havia cometido.
Depois de algum tempo na trincheira das trevas do astral a Rainha foi encontrada pelo seu antigo Rei que no astral era  conhecido como Senhor
das encruzilhadas, este senhor passou a cuida-la e incentiva-la a trabalhar do seu lado para as pessoas que ainda viviam no plano material aliviando
suas dores e guerreando com inimigos astrais...
O feito deste casal no astral tornou-se tão conhecido e respeitado que o Exu Belo nomeou o Senhor das encruzilhadas como Rei das Sete encruzilhadas
e prontamente o Rei nomeou a sua Rainha.
Juntos eles passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e sob o seus comandos milhares de entidades subordinadas que fizeram do Reino das sete
encruzilhadas o maior reino do astral médio superior.
Passou-se muitos anos e o Rei que havia envenado a rainha veio a morrer durante uma batalha, e este foi resgatado pelos sol dados da Rainha das sete
encruzilhadas e o mesmo foi levado até ela.
O homem ainda atônico sem entender ainda o que estava acontecendo com ele, se viu diante daquela poderosa mulher a qual foi obrigado a curvar-se
e a servi-la para o resto da sua eternidade como castigo por ter-la envenenado.
E hoje através das suas histórias que compreendemos que o povo de Exu não são entidades perdidas do baixo astral e sim entidades respeitadas e de
muita importância no mundo astral superior e inferior.
A Pomba-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas adora a cor Maravilha, Vermelho, Preto e Dourado trazendo na mão um cedro de ouro.
Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente.
A Pomba-Gira Rainha das 7 Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do país como “Dona 7” Se apresenta como uma mulher
de meia idade, muito reservada , educada, iteligente e culta.
Ao contrários que muitas pessoas pensam...É uma entidade calma e tranqüila, mais quando chega ao mundo para deixar seu recado, traz na garganta um
grito de guerra onde expressa todo o seu poder de vitórias.
Saravá D.Rainha!

domingo, 20 de março de 2011



época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares. Foi assim que Emerenciano surgiu na cidade do Rio de Janeiro . Sempre fiél aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época. Em pouco tempo passou a viver do dinheiro arrecadado por suas "meninas", que apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos. Não foram poucas as vezes que Emerenciano teve que enfrentar marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia. E que defesa! Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho. Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de bandido atrevido, como gostava de dizer entre gargalhadas, quando nas mesas dos botecos de sua preferência. Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o úisque mais requintado. E em diversas ocasiões suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas. Contudo, era feliz, ou dizia que era, o que dá quase no mesmo. Até que conheceu Amparo, mulher do sargento Savério. Era a visão mais linda que tivera em sua existência. A bela loura de olhos claros, deixava-o em êxtase apenas por passar em sua frente. Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loira, como costumava chama-la. Parou de beber, em demasia, claro! Não era homem também de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém. Dispensou duas de suas meninas, precisava ficar com pelo menos uma, o dinheiro tinha que entrar, não é? Julgava-se então o homem perfeito para a bela Amparo. Começou então a cercar a mulher, que jamais lhe lançara um olhar. Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor. Aos poucos a história foi correndo, apostas se fizeram, uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, ia conseguir seu intento. Outros duvidavam Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade por menor que fosse que justificasse a fanfarronice do homem. O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde. O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que estava submetida. Disposto a defender a honra da esposa marcou um encontro com o rival. Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos: - É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo... - E mostrava seu punhal para quem quisesse ver. Na noite marcada vestiu-se com seu melhor terno e dirigiu-se ao botequim onde aconteceria a conversa. Pediu uísque, não era noite para cachaça, e começou a bebericar mansamente. Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal. Se fosse briga o que ele queria, ia ter. Ao esvaziar o copo ouviu um grito atrás de si: - Safado! - Levantou-se rapidamente e virou-se para o chamado. O tiro foi certeiro. O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo. Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, logo se mostrou arrependido de seus atos e tomou seu lugar junto a falange de Zé Pelintra. Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada. Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pelintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura. Não perdeu, porém a picardia dos tempos de José Emerenciano. Sarava Seu Zé Pelintra!

História de Maria Mulambo da Lixeira




 Maria mulambo era filha de escrava com feudal, um senhor de muitas terras e que amava sua mãe e não tratava como escrava mais sim como esposa, por mais que existisse preconceito das pessoas da cidade por ela ser negra, mulambo não conheceu sua mãe, assim que nasceu sua mãe faleceu no parto então foi criada por seu pai com todos os luxos e mimos e todos na cidade a tratavam muito bem principalmente os mais nobres por seu pai ter muitas riquezas e poder na cidade , seu pai sofria de uma doença que não teria cura assim deixou toda sua herança para mulambo uma jovem linda e bela ,quando completou seus 18 anos perdeu seu pai de uma forma um tanto sofrida estava sozinha no mundo com tanto dinheiro mais tão infeliz , o povo da cidade quando souberam da morte de seu pai mudaram completamente com ela pois era uma morena jambo muito bonita mais para todos não passava de uma escrava que se escondia atrás de jóias eba vestidos caros , os meses foram passando e a solidão aumentando e quanto mais chorava mais triste ficava , até que resolveu sair um pouco para ver gente, mesmo sabendo que as pessoas as descriminavam , passou a andar com os humildes que por ela não tinham preconceito só admiração a chamavam de princesa dos escravos pois fazia doações generosas as famílias pobres do vilarejo , um belo dia encontrou com um rapaz muito formoso e gentil foi amor a primeira vista , então o rapaz passou a visitá-la e tirando um pouco da solidão de sua vida , e a cada dia foi ganhando mais sua confiança e amor , não demorou muito se casarão e mulambo viveu momentos felizes , naquela época as mulheres não poderia aprender a ler e nem escrever , e foi então que o pior aconteceu ! O seu sonho virou pesadelo.
Mulambo saiu como costumava fazer todos os dias para visitar as famílias e o vilarejo , quando chegou a sua mansão os escravos que a serviram por tantos anos a impediu de entrar em sua própria casa por ordem de seu marido , lhe disseram que o senhor ordenou que não deixasse entrar nem para beber água que lá ela não teria mais nada apenas a rua. Mulambo não acreditou em que estava ouvindo , pois seu amado marido a traiu e lhe roubou todos os bens .
Desnorteada vagou pelas ruas, o que machucava mulambo não foi a perda da riqueza, mais da traição de alguém que era a única pessoa que ainda teria na vida.
Se passaram dias suas roupas finas viraram farrapos , sua fisionomia ficou triste e escura mais a sua beleza era visível para todos que passavam e viam aquela mulher com a mão estendida suja e esfarrapada , passou muita fome e frio mais ainda assim o que mais lhe maltratava era a traição , passando pela mesma calçada uma mulher bonita famosa dona de cabaré olhou para mulambo e perguntou : moça és tão bela o porque esta esmolando ? Mulambo mal olhou para moça e nada respondeu , a moça na época chamada sete saias do cabaré fez um convite a mulambo , que se mulambo fosse com ela seria muito rica e amada por muitos homens , mulambo sem entender muito acompanhou sete saia a rainha do cabaré se arrumou e começou a fazer a vida , reconquistou o dobro da riqueza que tinha era uma das mais procuradas no cabaré ,guardou seu coração na gaveta para que fosse rigorosa e fria na hora de cobrar , fez muitos abortos e não queria ter filhos foi obrigada muitas vezes a tirar , por causa do trabalho e não saberia lidar com essa situação (por esse motivo a entidade Maria mulambo é protetora das crianças )um dia a casa estava cheia e o homem que destruiu sua vida e roubou seus bens foi conferir o boato que se alastrou pela cidade ,quando mulambo o viu seu coração galopava de uma forma absurda pois por mais que ele tivesse destruído os seus sonhos ela ainda o amava pois como ela diz (o verdadeiro amor é o único feitiço que nunca é desfeito )ele chegou perto dela e pediu perdão por tudo que tinha feito que era um tolo e queria a esposa dele de volta que foi egoísta e ambicioso , mas era para que ela entendesse que ele sempre sofreu na vida, e não teve o direito de fazer o mesmo com ela, e rapidamente marcou uma encontro com ela em uma encruzilhada afastado um pouco do cabaré a meia noite , ela respirou fundo e aceitou o convite na esperança que realmente ele tinha falado a verdade e mudado , mulambo saiu escondida com uma capa preta muito usada naquela época , chegando lá ele se Aproximou dela e disse “você foi a mulher mais linda que conheci em toda minha vida e sua beleza não dividirei com ninguém vou fazer isso por amor” derrepente apareceram mais 6 amigos e a seguraram e ele a esfaqueou varias vezes e ainda viva ele a jogou em uma lixeira e a tirou fogo , assim mulambo cura a dor de pessoas que sofrem com traição e é a favor dos casais , seu Axé é caracterizado por famílias e um axé de respeito.        Salve Maria Mulambo !

quinta-feira, 17 de março de 2011

História de Maria Padilha dos 7 Cruzeiros da Calunga




França, final do século dezenove. Juliette estava desesperada. Aos dezessete anos, filha de nobres franceses estava prometida em casamento para o jovem Duque D''areaux. Por coisas que somente à vida cabe explicar, havia se apaixonado por um dos cavalariços de sua propriedade. Entregara-se a essa paixão o que acabou acontecendo uma gravidez que já atingira a oitava semana. Somente confiara o segredo à velha Ama Marie, quase uma segunda mãe que a vira nascer e dela nunca se afastou, que a aconselhou a fugir com Jean, seu amado. Procurado, o rapaz não fugiu à sua obrigação . Sairiam a noite levando consigo apenas a Ama que seria muito útil à moça e os cavalos necessários para os três. Perto da meia-noite, Juliette e Marie esgueiraram-se pelo jardim e dirigiram-se até o ponto em que o jovem as esperava. Rapidamente montaram e partiram. Não esperavam, contudo, que um par de olhos os espreitasse. Era Sophie a filha dos caseiros, extremamente apaixonada por Jean. Percebendo o que se passava correu até a grande propriedade e alertou aos pais da moça sobre a fuga iminente. Antoine, o pai de Juliette, imediatamente chamou por dois homens de confiança e partiu para a perseguição. Não precisaram procurar por muito tempo. A falta de experiência das mulheres fazia com que a marcha dos fugitivos fosse lenta. Antoine gritou para que parassem. Assustado Jean apressou o galope e o primeiro tiro acertou-o no meio das costas derrubando-o do cavalo. Juliette correu para o amado gritando de desespero quando ouviu o segundo tiro. Olhou para trás, a velha Ama jazia caída sobre sua montaria. Sem raciocinar no que fazia puxou a arma de Jean e apontou-a para o próprio pai. - Minha filha, solte essa arma! - assim dizendo aproximava-se dela. Juliette apertou o gatilho e o Tiro acertou Antoine bem no coração. Os homens que o acompanhavam não sabiam o que fazer. Aproveitando esse momento de indecisão a moça correu chorando em total descontrole. Havia uma ponte à alguns metros dali e foi dela que Juliette despediu-se da vida atirando-se na água gelada. A morte foi rápida e nada se pode fazer. Responsável direta por três mortes (a dela, do pai e da criança que trazia no ventre) causou ainda, indiretamente mais duas, a de Jean e da Ama. Triste destino aguardava o espírito atormentado da moça. Depois de muito vagar por terrenos negros como a noite e conhecer as mazelas de incontáveis almas perdidas encontrou um grupo de entidades que a encaminhou para a expiação dos males que causara. Tornou-se então uma das falangeiras de Maria Padilha. Hoje em nossos terreiros atende pelo nome de Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga, onde, demonstrando uma educação esmerada e um carinho constante atende seus consulentes sempre com uma palavra de conforto e fé exibindo um sorriso cativante.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

História do Caboclo Ubirajara




Segundo o próprio Ubirajara, ele era um guerreiro da tribo dos Tupinambá, e nasceu aproximadamente em 1556 no território onde hoje e á Bahia. Segundo seu Ubirajara, ele foi feito guerreiro muito jovem porque na quela época sua tribo estava em guerra com os homens brancos(Os portugueses) E sua tribo inimiga os tupiniquins, a maioria estava doente e os jovens eram recrutados e treinados muito sedo. Com 16 anos ele enfrentou os portugueses e quase foi morto, mais quando ele completou 20 anos destruiu mais de 200, e o líder branco foi comido pela tribo. Ele ganhou fama porque só foi vitória quando ele liderava, sua fama foi tanta que os portugueses já tinham medo de andar nas matas onde pertenciam os tupinambás, e principalmente do índio com os peitos largos, alguns portugueses chamavam seu Ubirajara de fantasma da morte, ou o próprio Diabo. Na nova lei estabelecida entre os tupinambas era devorar os que sobrevivessem, e piedade não era muito praticada entre eles, Ubirajara também invocava os espíritos da floresta, e principalmente os guerreiros e devoto firme de Tupã (Deus em tupi-guarani), gostava de usar arco e flecha, escalava perfeitamente as árvores, sanguinário, com uma aparência séria e bonita, forte, feição fechada, com 30 anos Ubirajara se torna Cacique e lidera mais uma investida contra o homem branco, nessa investida eles matam mais de 1000 portugueses e tem apenas 67 perdas. Ubirajara relata que nunca perdeu uma guerra, á única guerra que ele e sua tribo não ganhou foi a ignorância, pois com o ritual do canibalismo, ele e a tribo inteira pegaram doenças graves, doenças que os índios não estavam preparados para enfrentar, e sua tribo foi extinta em 1604, Ubirajara morreu doente por volta de 1580.
Essa e a história do Caboclo Ubirajara, contada por ele mesmo em uma oportunidade que tivemos para conversar. Ele me falou que muitos irmãos dizem que ele e seu nome e um nome de uma grande linha de umbanda, outros dizem que ele nunca foi índio, e isso só aumentou o mito Ubirajara, mais que ele deixe bem claro, fui índio brasileiro, guerreiro e hoje cumpro minha missão com meus irmãos e filhos de santo em nome de Deus.
Saravá os caboclos!
Saraja Seu Ubirajara!

História de Maria Padilha das 7 catacumbas



Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse:
- Precisamos do sangue de um inocente!
- Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos.
Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.
Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela.
Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno.
Já traira seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz.
Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou:
- Vá falar com a bruxa Chiara ela resolve o assunto para você.
- Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira.
O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução:
- Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante!
- Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil?
- De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você!
Mas não se preocupe eu cuido de tudo.
- Foi aí que ela falou do sangue inocente.
- A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho?
- Para fazer omelete, quebram-se ovos…
Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada.
A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa. Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem todo de preto que a apontava com uma bengala:
- Agora você tem que fazer! – Em outras ocasiões ele dizia:
- Você não presta mesmo, nunca prestou!
- Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.
Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão.
- Cale a boca garoto dos infernos!
- A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo.
Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.
Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda.
Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta.
Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.
Saravá Maria Padilha das Sete Catacumbas!

história de Tranca ruas das almas





mais detalhes sobre a vida de tranca rua das almas;
como ja havia dito antes seu nome foi Geraldo,mais a alguns dias descobri seu sobrenome branco compostella ,bem tranca ruas não foi de fato um médico como
se diz nas letras de seus pontos ,ele foi na verdade uma especie de curandeiro,sua especialidade era a extração de dentes,trabalhava com ervas virgens e em especial com cascas de uma arvore que tinha proximo ao seu castelo,era um homem muito rico nascido em berço de ouro,Geraldo quando jovem tinha vontade de se tornar um padre em um mosteiro em sua cidade(Galícia ,na Espanha) ,todo esse sonho foi interrompido durante uma missa cujo qual ficou em seu pensamento um distinta senhora que havia ído se confessar.
ele passou então a frenquentar a todas as missas ,tentando desesperadamente encontrar essa mulher,depois de um mês quando estava na ante sala da igreja ele ouviu uma voz suave chamando pelo padre ,e para sua surpresa era a tal mulher.sem pensar em nada fingiu ser o padre ,a mulher então beijou lhe a mão e pediu para que ele lhe perdoasse seus pecados,ela disse a ele que a bruxaria fazia parte de sua vida e nada poderia fazer para afasta la de seus caminhos e que estava saindo daquela cidade por que temia que a inquisição a julgasse,nesse mesmo momento geraldo se calou e disse a  mulher ,desde que te vi pelas missas não consigo pensar em outra coisa a não ser voce,não sei se estou enfeitiçado ,mais o que sinto é mais que o suficiente,e se voce vai sair desta cidade que seja comigo.
Geraldo voltou a seu castelo,vendeu todos os seus bens e nunca mais voltou a cidade de galicia,ele foi morar com Maria e começou a se envolver demais com os segredos do oculto,logo Geraldo passou a se tornar um mestre na arte de enfeitiçar,e passou para o lado da magia negra,com medo de perder Maria, geraldo celou um pacto com o diabo para que a mesma fosse para sempre sua e de nenhum outro homem.
sua alma passou a ser do diabo,que cobrava cada vez mais pelo seu feito,alguns anos se passaram e Maria adoeceu,nenhum feitiço era capaz de lhe devolver a  saúde,Geraldo desesperado pensando perder sua amada mais uma vez recorreu ao diabo,porem disse a ele ,que se fizesse o que ele queria seu preço seria cobrado apos a  morte de Maria ,Geraldo sem pensar aceitou,na manhã seguinte Maria se levantou e nada mais tinha ,ela viveu intensamente somente mais três dias ,falecendo queimada por uma vela que incendiou todo o casebre.
por culpa de Geraldo ,Maria não conseguia descansar em paz,seu espirito ficou perdido junto com as almas sem luz,e Geraldo dedicou seus últimos dias a buscar um jeito de livrar a alma de sua amada,ele morreu logo depois de desgosto,e o diabo levou sua alma ,após sua passagem tornou se o guardião das almas sem luz que tentam se livrar dos caminhos escuros ,por isso seu nome tranca rua das almas.hoje sua missão é levar ajuda a quem esta perdido,e ele tambem guarda os espirítos zombeteiros afim de que paguem seus pecados,para voltarem ,reencarnarem.essa é a historia de tranca rua das almas.

"na sombra e na luz ,tranca rua me conduz"