segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

História do Caboclo Ubirajara




Segundo o próprio Ubirajara, ele era um guerreiro da tribo dos Tupinambá, e nasceu aproximadamente em 1556 no território onde hoje e á Bahia. Segundo seu Ubirajara, ele foi feito guerreiro muito jovem porque na quela época sua tribo estava em guerra com os homens brancos(Os portugueses) E sua tribo inimiga os tupiniquins, a maioria estava doente e os jovens eram recrutados e treinados muito sedo. Com 16 anos ele enfrentou os portugueses e quase foi morto, mais quando ele completou 20 anos destruiu mais de 200, e o líder branco foi comido pela tribo. Ele ganhou fama porque só foi vitória quando ele liderava, sua fama foi tanta que os portugueses já tinham medo de andar nas matas onde pertenciam os tupinambás, e principalmente do índio com os peitos largos, alguns portugueses chamavam seu Ubirajara de fantasma da morte, ou o próprio Diabo. Na nova lei estabelecida entre os tupinambas era devorar os que sobrevivessem, e piedade não era muito praticada entre eles, Ubirajara também invocava os espíritos da floresta, e principalmente os guerreiros e devoto firme de Tupã (Deus em tupi-guarani), gostava de usar arco e flecha, escalava perfeitamente as árvores, sanguinário, com uma aparência séria e bonita, forte, feição fechada, com 30 anos Ubirajara se torna Cacique e lidera mais uma investida contra o homem branco, nessa investida eles matam mais de 1000 portugueses e tem apenas 67 perdas. Ubirajara relata que nunca perdeu uma guerra, á única guerra que ele e sua tribo não ganhou foi a ignorância, pois com o ritual do canibalismo, ele e a tribo inteira pegaram doenças graves, doenças que os índios não estavam preparados para enfrentar, e sua tribo foi extinta em 1604, Ubirajara morreu doente por volta de 1580.
Essa e a história do Caboclo Ubirajara, contada por ele mesmo em uma oportunidade que tivemos para conversar. Ele me falou que muitos irmãos dizem que ele e seu nome e um nome de uma grande linha de umbanda, outros dizem que ele nunca foi índio, e isso só aumentou o mito Ubirajara, mais que ele deixe bem claro, fui índio brasileiro, guerreiro e hoje cumpro minha missão com meus irmãos e filhos de santo em nome de Deus.
Saravá os caboclos!
Saraja Seu Ubirajara!

História de Maria Padilha das 7 catacumbas



Vativa ficou totalmente arrepiada quando ouviu o que a bruxa lhe disse:
- Precisamos do sangue de um inocente!
- Sua mente imediatamente focalizou a imagem de Yorg, seu pequeno filho de apenas três anos.
Seus pensamentos vagaram por alguns instantes enquanto a mulher remexia em um pequeno caldeirão de ferro.
Estava ali por indicação de uma vizinha que conhecia o problema pelo qual estava passando. Era casada, não tinha queixas do marido, mas de repente parece que uma loucura apoderou-se dela.
Apaixonara-se por um rapazote de dezessete anos, ela uma mulher de trinta, bela e fogosa não resistira aos encantos do adolescente e sua vida transformou-se em um inferno.
Já traira seu marido algumas vezes, mas desta vez era algo fora do comum, não conseguia conceber a vida longe do rapaz.
Conversando com a vizinha, a quem contava tudo, esta aconselhou:
- Vá falar com a bruxa Chiara ela resolve o assunto para você.
- Pensou durante alguns dias e não resistiu, foi procurar pela feiticeira.
O ambiente era horrível e a aparência da mulher assustadora, alta, muito magra, com apenas dois dentes na boca, vestia-se inteiramente de preto e fora logo dando a solução:
- Vamos matar seu marido, aí você fica livre e se muda para outro povoado, bem distante, levando seu amante!
- Vativa ficou assustada, não era essa a idéia. Não tinha porque matar seu marido. Não havia um jeito mais fácil?
- De forma alguma, se o deixarmos vivo, quem morre é você!
Mas não se preocupe eu cuido de tudo.
- Foi aí que ela falou do sangue inocente.
- A senhora está tentando dizer que tenho que sacrificar meu filho?
- Para fazer omelete, quebram-se ovos…
Vativa não estava acreditando, a mulher dizia barbaridades e sorria cinicamente. Levantou-se e saiu correndo apavorada.
A risada histérica dada por Chiara ainda ecoava em seus ouvidos quando chegou a casa. Desse dia em diante suas noites tornaram-se um tormento, bastava fechar os olhos para ver aquele homem todo de preto que a apontava com uma bengala:
- Agora você tem que fazer! – Em outras ocasiões ele dizia:
- Você não presta mesmo, nunca prestou!
- Vativa abria os olhos horrorizados e não conseguia mais dormir.
Uma noite, já totalmente transtornada com a aparição freqüente, saiu gritando pela casa. Ouvindo os gritos da mãe o pequeno Yorg acordou e desatou a chorar. Sem saber como, a faca apareceu em sua mão.
- Cale a boca garoto dos infernos!
- A lâmina penetrou por três vezes no pequeno corpo.
Retomando a consciência não suportou a visão do crime cometido e caiu desmaiada. Na queda, a vela que iluminava o pequeno ambiente caiu-lhe sobre as vestes e em pouco tempo o fogo consumia tudo.
Por muitos anos o espírito de Vativa vagou até conseguir a chance de evoluir junto a um grupo de trabalhadores de esquerda.
Hoje todos a conhecem pela grandeza dos trabalhos que pratica na linha da guardiã Maria Padilha, mas se há uma coisa que ela odeia é relembrar o fato, por isso poucas vezes o comenta.
Com posto garantido na falange do cemitério detesta ser lembrada para amarrações e perde a compostura quando há um pedido do gênero.
Saravá Maria Padilha das Sete Catacumbas!

história de Tranca ruas das almas





mais detalhes sobre a vida de tranca rua das almas;
como ja havia dito antes seu nome foi Geraldo,mais a alguns dias descobri seu sobrenome branco compostella ,bem tranca ruas não foi de fato um médico como
se diz nas letras de seus pontos ,ele foi na verdade uma especie de curandeiro,sua especialidade era a extração de dentes,trabalhava com ervas virgens e em especial com cascas de uma arvore que tinha proximo ao seu castelo,era um homem muito rico nascido em berço de ouro,Geraldo quando jovem tinha vontade de se tornar um padre em um mosteiro em sua cidade(Galícia ,na Espanha) ,todo esse sonho foi interrompido durante uma missa cujo qual ficou em seu pensamento um distinta senhora que havia ído se confessar.
ele passou então a frenquentar a todas as missas ,tentando desesperadamente encontrar essa mulher,depois de um mês quando estava na ante sala da igreja ele ouviu uma voz suave chamando pelo padre ,e para sua surpresa era a tal mulher.sem pensar em nada fingiu ser o padre ,a mulher então beijou lhe a mão e pediu para que ele lhe perdoasse seus pecados,ela disse a ele que a bruxaria fazia parte de sua vida e nada poderia fazer para afasta la de seus caminhos e que estava saindo daquela cidade por que temia que a inquisição a julgasse,nesse mesmo momento geraldo se calou e disse a  mulher ,desde que te vi pelas missas não consigo pensar em outra coisa a não ser voce,não sei se estou enfeitiçado ,mais o que sinto é mais que o suficiente,e se voce vai sair desta cidade que seja comigo.
Geraldo voltou a seu castelo,vendeu todos os seus bens e nunca mais voltou a cidade de galicia,ele foi morar com Maria e começou a se envolver demais com os segredos do oculto,logo Geraldo passou a se tornar um mestre na arte de enfeitiçar,e passou para o lado da magia negra,com medo de perder Maria, geraldo celou um pacto com o diabo para que a mesma fosse para sempre sua e de nenhum outro homem.
sua alma passou a ser do diabo,que cobrava cada vez mais pelo seu feito,alguns anos se passaram e Maria adoeceu,nenhum feitiço era capaz de lhe devolver a  saúde,Geraldo desesperado pensando perder sua amada mais uma vez recorreu ao diabo,porem disse a ele ,que se fizesse o que ele queria seu preço seria cobrado apos a  morte de Maria ,Geraldo sem pensar aceitou,na manhã seguinte Maria se levantou e nada mais tinha ,ela viveu intensamente somente mais três dias ,falecendo queimada por uma vela que incendiou todo o casebre.
por culpa de Geraldo ,Maria não conseguia descansar em paz,seu espirito ficou perdido junto com as almas sem luz,e Geraldo dedicou seus últimos dias a buscar um jeito de livrar a alma de sua amada,ele morreu logo depois de desgosto,e o diabo levou sua alma ,após sua passagem tornou se o guardião das almas sem luz que tentam se livrar dos caminhos escuros ,por isso seu nome tranca rua das almas.hoje sua missão é levar ajuda a quem esta perdido,e ele tambem guarda os espirítos zombeteiros afim de que paguem seus pecados,para voltarem ,reencarnarem.essa é a historia de tranca rua das almas.

"na sombra e na luz ,tranca rua me conduz"

Historia de um pai de santo

Sentado ali em frente de seu congá o velho pai de santo relembra com surpreendente nitidez sua infância e seu primeiro contato com a espiritualidade. Nitidamente ele se vê na tenra infância a brincar sozinho no amplo quintal da casa de seus pais. Lembra-se que alguma coisa o fez olhar para as nuvens e diante dele uma estranha imagem se forma: um velho sentado ao redor de uma fogueira e um menino a ouvir-lhe estórias. De alguma maneira o menino ao ver aquela cena sabia que se tratava dele mesmo.
O tempo passou e a cena jamais esquecida e também jamais revelada, o acompanha em sonhos e lembranças. Cresce e acaba se tornando médium Umbandista. Aos poucos vai conhecendo seus guias, que vão tomando seu corpo nas diversas "giras de desenvolvimento". Primeiro o Caboclo que lhe parece muito grande e forte, depois os demais...
Até que, ao completar 18 anos, seu Exu também recebe permissão para incorporar. Já não é mais médium de gira, a bem da verdade ocupa o cargo de pai pequeno do terreiro. Percebe que não tivera uma adolescência como a da maioria dos jovens que lhe cercam na escola. Não vai a bailes, festas... Dedica-se com uma curiosidade e um amor cada vez maior à prática da caridade.
Os anos passam e acaba pôr abrir seu próprio terreiro. Inúmeras pessoas procuram os seus guias e recebem um lenitivo, uma palavra de consolo e esperança. Foram tantos os pedidos e tantos os trabalhos realizados que já perdera a conta. Viu inúmeras pessoas que declaravam amor eterno pela Umbanda e bastava que alguns pedidos não fossem alcançados na plenitude desejada que já se afastavam, criticando o que ontem lhes era sagrado...Presenciou pessoas que, vindas de outras religiões, encontraram a paz dentro do terreiro, mantido a duras penas, uma vez que nada cobrava pelos trabalhos realizados ("Dai de graça o que de graças recebestes") Solteiro permanecia até hoje, pois embora tivesse tido várias mulheres que lhe foram caras, nenhuma delas agüentou ficar a seu lado, pois para ele a vida sacerdotal se impunha a qualquer outro tipo de relacionamento. Amava mesmo assim todas aquelas que lhe fizeram companhia em sua jornada terrena.
Brincava, o velho pai de santo, quando lhe perguntavam se era casado e respondia, bem humorado, que se casara muito cedo, ainda menino. A curiosidade dos interlocutores quanto ao nome da esposa era satisfeita com uma só palavra: Umbanda, este era o nome da esposa.
Com o passar do tempo, a idade foi chegando; muitos de seus filhos de fé seguiram seus destinos vindo eles também a abrirem suas casas de caridade. O peso da idade não o impede de receber suas entidades. Ainda ecoa, pelo velho e querido terreiro, o brado de seu Caboclo, o cachimbo do Preto-velho perfuma o ambiente, a gargalhada do Exu ainda impressiona, a alegria do Erê emociona a ele e a todos...
Enfim, sente-se útil ao trabalhar. Hoje não tem gira. O terreiro está limpo, as velas estão acessas e tudo parece normal. Resolve adentrar ao terreiro para passar o tempo, perdera a noção das horas. Apura os ouvidos e sente passos a seu redor, percebe que alguém puxa pontos e que o atabaque toca. Ele está de costas para todos e de frente para o congá. O cheiro da defumação invade suas narinas...
Seus olhos se enchem de lágrimas na mesma proporção que seu coração se enche de alegria. Estranhamente, não sente coragem ou vontade de olhar para trás, apenas canta junto os pontos. Fixa seus olhos nas imagens do altar, fecha os olhos e ainda assim vê nitidamente o congá, parece que percebe o movimento do terreiro aumentar. Vira de costas para o congá e a cena o surpreende: vê Caboclos, Boiadeiros, Pretos Velhos, Marujos, Baianos, Erês e toda uma gama de Guias... Até Exus e Pomba Giras estão ali na porteira.
Se dá conta que os vê como são, não estão incorporados. Todos lhes sorriem amavelmente. Dentre tantos Guias, percebe aqueles que incorporam nele desde criança. Tenta bater cabeça em homenagem a eles, mas é impedido. O Caboclo, seu guia de frente, se adianta, lhe abraça, brada seu grito guerreiro... Os demais o acompanham. O velho pai de santo não agüenta e chora emocionado... As lágrimas lhe turvam a vista. Fecha seus olhos e ao abri-los todos os guias ainda permanecem em seus lugares embora calados... Nota uma luz brilhante em sua direção, Iansã e Omulu se aproximam, seu Caboclo os saúda e é correspondido. A luz o envolve completamente. Já não se sente mais velho. Na verdade sente-se jovem como nunca. Seu corpo está leve e ele levita em direção à luz. Todos os guias fazem reverência... O terreiro vai ficando longe envolto em luz... Ele sorri alegre... A missão estava cumprida...
No dia seguinte, encontram seu corpo aos pés do congá. Tinha nos lábios um sorriso...

Maria Padilha Rainha do Cabaré





Ela foi espanhola, foi Rainha dona de castelo e adorava bacalhau,
queijos e vinhos, claro que hoje estando evoluida , não mais nessa
matéria aceita as oferendas comuns, mas ela é muito fina, sabe bem oque
é bom, gosta de jóias, roupas feitas de bons tecidos, adora saia com muitos
babados, pois como disse foi espanhola, adora um leque, costume de Portugal

Ela é uma pombagira que adora belas roupas, gosta de ser bem cuidada, joga cartas,
sabe ser amiga de seus cavalos e sabe o que diz, vem a terra a trabalho e não a passeio.

Diz a sua história que quando passou pela terra foi dona de um cabaré muito famoso,onde
se fez tornar uma mulher marcante na sociedade da época, amar ? Amou sim, uma vez só e por
ter sofrido por um grande amor resolveu não se entregar nunca mais a ninguém. 
Foi uma mulher bem sucedida e se tornou rica, muito rica... Ela tinha um dom que lhe acompanhava
desde menina o dom das cartas o misterioso Futuro no qual ela o adivinhava,este dom vem dos seus
antepassados pois ela vem de uma família Espanhola...

Maria Padilha Rainha do Cabaré
Aos quinze anos essa linda mulher não tinha moradia , e sim morava na rua ! 
Como nunca foi boba , aos 17 anos ela foi dona de um Cabaré !  Essa linda mulher 
É sim , muito boa , mais quando precisa ser ruim sai de baixo !   Ela é ótima
Para dar conselhos !     Já pensou em ter uma consulta com ela ?!

Maria Padilha Rainha do Cabaré, mais uma das Pombagiras que visam o zelo pelas coisas do coração e do dinheiro.

RAINHA DO CABARÉ......
É a Rainha do reino da lira, "Lira é uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais
do Reino Baganda, de lá venho eu...” também conhecida como” Rainha do Candomblé” ou Rainha das Marias.
Rainha do candomblé não pelo culto africanista aos Orixás, senão por ser essa palavra o sinônimo de dança
e música ritual.
Devemos dizer que a Pombagira representa o poder feminino feiticeiro, comparável com as Iyami Oxorongá dos iorubás.
Ela pode ter muitos maridos, que se tornam seus "escravos" ou empregados.Em terras bantas é originalmente chamada de 
“Aluvaia-Pombagira", está é uma palavra africana de um idioma do povo banto (Angola), erroneamente confundido por
algumas pessoas desinformadas com palavras do português “pomba um pássaro” e "gira sentido de movimento circular”.
Mulher de Exu rei das 7 Liras ou Exu Lúcifer como é conhecido nas kimbandas.
É bonita, jovem, sedutora, elegante, feminina, mas também tem vidência, é certeira e sempre tem algum conselho para dar.

Os Companheiros de D.Maria Padilha Rainha do Cabaré
Maria Padilha "Rainha" do Cabaré, é a grande dama da malandragem; tanto que em suas festas os Malandros
(Zé Pilintra, Zé Malandro, Zé do Catimbó, entre outros), são presença marcantes em sua festa; porém sabemos 
que esta grande mulher que tem 7 amores; tem muitos companheiros; que estão fora da malandragem !

Como por exemplo : Seu Tranca Ruas de Embaré !

Nomes Conhecidos e Catalogados :


FALANGE: de Pomba Giras,Ciganas e outras

Maria Padilha , Maria Padilha das almas, Maria Padilha do Cruzeiro, Maria Padilha da Encruzilhada, Maria Padilha das Sete Encruzilhadas, Maria Padilha do Cabaré, Maria Padilha da Estrada, Maria Padilha, Rainha Maria Padilha, Maria Padilha do Cruzeiro das Almas, Maria Padilha Rainha das Sete Encruzilhadas, Maria Padilha Rainha do Cruzeiro, Maria Padilha do Cemitério, Maria Padilha da Calunga, Maria Padilha da Praia, Maria padilha das Portas do Cabaré, Maria Padilha das Sete Catacumbas, Maria Padilha das Rosas, Maria Padilha dos Sete Cruzeiros, Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga

FALANGE MARIA MULAMBO – HIERARQUIAS:

Maria Mulambo, Maria Mulambo da Estrada, Maria Mulambo do Cruzeiro, Maria Mulambo do Cruzeiro das Almas, Maria Mulambo da Encruzilhada, Maria Mulambo das Sete Encruzilhadas, Maria Mulambo dos Sete Cruzeiros, Maria Mulambo do Cabaré, Maria Mulambo dos Sete Punhais, Maria Mulambo dos Sete Portais, Maria Mulambo das Almas, Maria Mulambo da Calunga, Maria Mulambo do Lodo, Maria Mulambo das Rosas, Maria Mulambo dos Sete veus,

ROSA CAVEIRA – HIERARQUIA

FALANGES DIVERSAS:

Maria Quitéria, Maria Rosa, Maria Eulália, Maria Navalha ou Maria Navalhada, Maria da Praia, Maria das Almas, Maria da Estrada, Maria sete Catacumbas, Maria Sete Covas, Maria do Caís, Maria do Cabaré, Maria Baiana, Maria Alagoana, Maria Cigana, Maria Rita, Maria Dolores, Maria Sete Saias, Maria Sete Ondas, Maria Sete Véos, maria Morena, Maria Bonita, Maria Sete Rosas, Maria Sete Encruzilhadas, Maria de Minas, Maria Sete Navalhas, Maria Sete Punhais,

Rosa Negra, Rosa das Almas, Rosa da Noite, Rosa maria, Rosa dos Ventos, Rosa Menina, Rosa Morena, Rosa da Madrugada, Rosa do Cabaré, Rosa da Encruzilhada, Rosa da Calunga, Rosa Vermelha, Rosa Vermelha do Cabaré, Rosa Vermelha da Encruzilhada, Rosa vermelha da Calunga, Rosa Vermelha da Estrada, Rosa Vermelha das Sete Encruzilhdas, Rosa Vermelha do Cruzeiro, Rosa Vermelha do Cruzeiro das Almas, Rosa do Lodo

Sete Saias, Sete saias do Cabaré, Sete Saias da Encruzilhada, Sete Saias das Sete Encruzilhadas, Sete Saias da Estrada, Sete Saias do Cruzeiro, Rainha Sete Saias, Sete Ondas, Sete Véos, Sete Rosas, Sete Rosas da Calunga, Sete Rosas do Cruzeiro, Sete Rosas do Cruzeiro das Almas, Sete Coroas, Sete Tridentes, Sete Canoas, Sete Punhais,Pomba Gira Sete Encruzilhadas, Pomba Gira Sete Estrelas, Sete calumgas, Sete Catacumbas, Pomba Gira Sete Luas, Sete Mares, Sete Porteiras, Sete Capas, Sete Navalhas, Sete Chaves, Sete Cruzes, Sete Pembas, Sete Ventanias,

Pomba Gira da Figueira, Pomba Gira Dama da Noite, Pomba Gira Dama das Sete Capas, Pomba Gira Giramundo, Pomba Gira Menina, Pomba Gira Menina da Praia, Pomba Gira Menina da Calunga, Pomba Gira Menina do Cruzeiro, Pomba Gira Menina do Cruzeiro das Almas, Pomba Gira Menina Cigana, Pomba Gira Menina da Encruzilhada, Pomba Gira Menina do Cabaré, Pomba Gira Menina da Estrada, Pomba Gira Mirim, Pomba Gira da Praia, Pomba Gira do Lodo, Pomba Gira das Rosas, Pomba Gira dos Ventos, Pomba Gira das lagoas, Pomba Gira da Lira, Pomba Gira do Reino da Lira, Pomba Gira das Sete Lira

 POMBAS GIRAS QUE USAM DENOMINAÇÃO SIMBÓLICA DOS EXÚS QUE ACOMPANHAM:

Pomba Gira Tiriri (acompanha o Exú Tiriri), Pomba Gira Ganga (acompanha o Exú Ganga), Pomba Gira Giramundo (acompanha o Exú Giramundo), Pomba Gira Veludo (acompanha o Exú Veludo), Pomba Gira Maria Caveira (companha o Exú Caveira), Pomba Gira do Mangue (acompanha o Exú do Mangue), Pomba Gira da Meia Noite (acompanha o Exú da Meia Noite) entre outras.

HISTÓRIA DE MARIA MULAMBO

Sua lenda diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis, mas faziam parte da corte no pequeno reinado.
Maria cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não o era. Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.
Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os anos se passavam e Maria não engravidava. O reino precisava de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor de, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.
Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados.
Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor.
O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país. O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar.
No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés.
Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor.
Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família.
Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás. O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu.
Maria agora não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou.
A notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra.
Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio.
O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora d'água.
Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria; e o encontrou. Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos com que Maria foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias cobriam seu corpo.
Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimônia digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei enlouqueceu.
Seu amado nunca mais se casou.

eu sou umbanda ...




SOU A FUGA PARA ALGUNS, A CORAGEM PARA OUTROS.

SOU O TAMBOR QUE ECOA NOS TERREIROS, TRAZENDO O SOM DAS SELVAS E DAS SENZALAS.

SOU O CÂNTICO QUE CHAMA AO CONVÍVIO SERES DE OUTROS PLANOS.

SOU A SENZALA DO PRETO VELHO, A CERIMÔNIA DO PAJÉ; A ENCRUZILHADA DO EXU,
O JARDIM DA IBEIJADA, O NIRVANA DO HINDU E O CÉU DOS ORIXÁS.

SOU O CAFÉ AMARGO E O CACHIMBO DO PRETO VELHO, O CHARUTO DO CABOCLO E DO EXU; O CIGARRO DA POMBA-GIRA E O DOCE DO IBEJI.

SOU GARGALHADA DA POMBA GIRA, O REQUEBRO DA CIGANA, A SERIEDADE DO EXU.

SOU O SORRISO E A MEIGUICE DOS PRETOS VELHOS; A BRINCADEIRA DAS CRIANÇAS E A SABEDORIA DOS CABOCLOS.

SOU O FLUÍDO QUE SE DESPRENDE DAS MÃOS DO MÉDIUM LEVANDO A SAÚDE E A PAZ.

SOU O ISOLAMENTO DOS ORIENTAIS ONDE O MANTRA SE MISTURA AO PERFUME SUAVE DO INCENSO.

SOU O TEMPLO DOS SINCEROS E O TEATRO DOS ACTORES.
SOU LIVRE.
SOU DETERMINADA E FORTE.

MINHAS FORÇAS?
ELAS ESTÃO NO HOMEM QUE SOFRE E QUE CLAMA POR PIEDADE E POR AMOR.

MINHAS FORÇAS ESTÃO NAS ENTIDADES ESPIRITUAIS QUE ME UTILIZAM PARA SEU CRESCIMENTO.
ESTÃO NOS ELEMENTOS. NA ÁGUA, NA TERRA, NO FOGO E NO AR; NA PEMBA,
NA MANDALA, DO PONTO RISCADO.
ESTÃO FINALMENTE NA TUA CRENÇA, NA TUA FÉ, QUE É O ELEMENTO MAIS IMPORTANTE NA MINHA ALQUIMIA.
MINHAS FORÇAS ESTÃO EM TI, NO TEU INTERIOR, LÁ NO FUNDO NA ÚLTIMA PARTÍCULA DA TUA MENTE, ONDE TE LIGAS AO CRIADOR.

QUEM SOU?

SOU A HUMILDADE, MAS CRESÇO QUANDO COMBATIDA.
SOU A PRECE, A MAGIA, O ENSINAMENTO MILENAR, SOU CULTURA.
SOU O MISTÉRIO, O SEGREDO.
SOU O AMOR E A ESPERANÇA
SOU A CURA.
SOU DE TI.
SOU DE DEUS.
SOU UMBANDA.

SÓ ISSO. SOU UMBANDA.